quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O top do beach tennis, Vini Font



Confira esta super entrevista com o número 3 do mundo desta nova modalidade que vem conquistando o Brasil e o mundo.   



Famoso por seu estilo de jogo bastante agressivo, o carioca Vinícius Rodrigues Font, mais conhecido como Vini Font, de 29 anos, foi o primeiro brasileiro a chegar ao topo do ranking mundial de beach tennis.

Font também fez parte do time brasileiro de 2013 que foi campeão mundial em Moscou e possui no currículo mais de 33 títulos em torneios internacionais de beach tennis. Porém, tanto sucesso veio através de muito trabalho. Atualmente como 3º no ranking mundial, Vini está no circuito profissional há cinco anos e treina muito duro para alcançar seu objetivo principal que é voltar a ser número 1 do mundo.

Conheça a história deste simpático jogador que impressiona por sua coragem nos momentos importantes das partidas e mostra como talento e trabalho podem resultar em muito sucesso. Ele conta entre outras curiosidades que vai enfrentar no beach tennis em novembro deste ano os irmãos Bob e Mike Bryan, dupla mais vitoriosa da história do tênis, com 16 títulos de Grand Slams.


Vini Font/ Foto: Mariana Nardelli


Como você começou a jogar beach tennis?
Comecei em dezembro de 2008 com a Joana Cortez numa rede da Barra da Tijuca. No começo jogava só de vez em quando e depois comecei a jogar todos os dias na praia. Naquela época eu ainda dava aulas de tênis em uma academia e jogava beach tennis nas horas vagas. Eu gostava muito de sacar e volear no tênis, então me identifiquei com o beach tennis. Eu vi os grandes jogadores italianos jogando e acreditei que podia jogar como eles. Então, treinei muito e consegui chegar entre os melhores do mundo.

Então você foi jogador de tênis?
Sim, sempre joguei tênis, joguei a minha vida inteira, nunca fui profissional, mas até cheguei a cursar um ano em uma universidade nos Estados Unidos por causa do tênis.

Falando ainda de tênis, quais as vantagens de um tenista quando ele vai começar a jogar beach tennis em relação aos outros jogadores?
Acho que os tenistas que gostam mais de ir à rede e têm bons fundamentos de voleio, smash e saque tem maior facilidade no beach tennis, mas a pessoa precisa treinar e se adaptar. A evolução vai depender da dedicação de cada um.

Quanto tempo demorou para você se tornar profissional no beach tennis?
Em três ou quatro meses eu já conseguia jogar torneios profissionais no Brasil, agora para jogar bem e ser competitivo nos mundiais, demorou cerca de um ano. Em novembro de 2009 ganhei minha primeira competição importante, o torneio das nações em Aruba.

Você tem algum parceiro fixo?
Tenho sim, é o italiano Alex Mingozzi (número 4 do mundo). Quando por algum motivo não dá para jogar com ele, costumo jogar com o brasileiro Ralff Abreu (17º da ITF). Outro brasileiro que também já joguei é o Thales Santos (6º do mundo), com quem disputei o torneio ITF G2 nas Ilhas Maurício nos dias 25 e 26 de outubro, em que saímos com o título.


Vini e Thales Santos durante torneio nas Ilhas Maurício


Você esperava ter todo esse sucesso no beach tennis?
Eu sempre gostei muito de praticar esportes, mas sinceramente não esperava nada disso, tudo o que está acontecendo comigo, todos os títulos, ter sido número 1 do mundo, conhecer vários países, são muitas coisas boas... Eu achava que ia demorar mais tempo para estar entre os melhores, apesar de me dedicar muito aos treinos. No geral, acho que os italianos continuam um pouco acima de nós (brasileiros), mas em breve acredito que podemos superá-los.

O que você acha que falta para voltar ao topo mundial?
Acho que ainda estou um pouco atrás dos italianos, mas também acho um pouco injusto o fato do mundial por equipes (que este ano foi na Cervia, na Itália) contar muito mais pontos que os outros torneios. Neste mundial os campeões ganham 250 pontos, muito mais do que um G1, em que o campeão ganha 150 pontos. Também, lembrando que nesse esporte o ranking é baseado nos seis melhores resultados da temporada.

Como foi jogar a exibição em Roland Garros este ano, na França, num torneios mais importantes do circuito de tênis?
Eu sempre sonhei em jogar em Roland Garros por causa do tênis, então jogar lá em Paris foi fantástico, pela primeira vez na história do torneio houve uma exibição de beach tennis. Foi uma disputa entre três países, Brasil, Itália e França. E ainda aproveitei para assistir a alguns jogos de tênis, foi mesmo como um sonho.

E você já tem mais alguma outra exibição programada?
Sim, entre os dias 18 a 20 de novembro vou jogar uma exibição ao lado do meu parceiro (Mingozzi) contra a dupla número 1 do mundo no tênis, os irmãos Bryan (Bob e Mike, tenistas recordistas em títulos).  O evento está sendo promovido pelo bilionário britânico Richard Branson (que já cruzou o oceano atlântico em um balão) em Necker Island, ilha caribenha. Estou muito ansioso para este confronto.



Font e Mingozzi

Agora conta pra gente como é a sua rotina de treinos.
Eu faço preparo físico três vezes por semana às 6h00 da manhã durante 1h30min com Gabriel Veiga, ele me passa somente exercício específicos e voltados ao beach tennis. Eu também faço pilates todos os dias da semana, acho que traz todos os resultados que preciso sem ter que fazer musculação. Treino na quadra em torno de duas horas por dia, meus treinadores são Gian Luca Padovan, Hugo Prazeres e Wagner Fidelis.

Vamos falar um pouco do seu jogo. Qual a sua jogada preferida?
Minha jogada preferida é o smash saltando pra frente, consigo colocar bastante força na bola, tenho um estilo de jogo agressivo e gosto sempre de participar ativamente do jogo.


Você costuma ir para a Europa para treinar e evoluir o jogo?
Costumo ficar dois meses por ano jogando e treinando na Itália. Foi lá que tudo começou no beach tennis então é muito importante estar sempre em contato com eles para se aperfeiçoar.

E você consegue viver somente com o que você ganha nos torneios? Ou precisa fazer atividades extras?
É muito difícil se manter só com a premiação dos torneios, já que um campeão de G1 leva pra casa em torno de 750 dólares. Então dou aulas todos os dias na parte da manhã no point do Ipanema 500 e quando viajo algumas pessoas da equipe me substituem. Tenho alguns patrocinadores que me ajudam, entre eles, a própria Ipanema 500 e a Dranix. Tenho apoio do CircCore Pilates, Lenora San Coaching, Clínica da Coluna e da Dor do médico André Castanhede e Ernandez Massagens. 



Qual seu maior sonho no beach tennis?
Acho que como para muitos beachtenistas, meu sonho é que se torne um esporte olímpico e acho que tem muita chance disso acontecer. E claro voltar a ser número 1 do mundo, ganhar o torneio de Aruba de duplas (em novembro de 2014) e vencer o mundial de duplas na Cervia no próximo ano.

Qual conselho você daria para quem pensa em começar a jogar beach tennis?
Acho que a pessoa precisa testar e experimentar, esse é um esporte diferente dos outros, tem muito fair play, beach tennis é animado e divertido. O que eu gosto mais no beach tennis é a amizade que você constrói com os outros jogadores. Todos sempre se cumprimentam nas viradas dos games, a gente sai e se diverte depois dos jogos, é muito legal. Aconselho a todos!

Obrigada Vini!! E boa sorte!!
Eu que agradeço!!



 

domingo, 19 de outubro de 2014

Ex-top 7 do mundo comanda Curso de Capacitação de Beach Tennis Módulo 1


Participantes do 1o curso de Beach Tennis da CBT


Guilherme Prata conduziu o 1º Curso de Beach Tennis da CBT entre os dias 18 e 19 de outubro, no Clube Ipê, em São Paulo.


Durante os dias 18 e 19 de outubro, o ex-número 7 do mundo Guilherme Prata ministrou o primeiro Curso de Capacitação de Beach Tennis Módulo 1 no Clube Ipê, no bairro do Ibirapuera, em São Paulo. O evento foi realizado pela CBT, Confederação Brasileira de Tênis.

O carioca Guilherme Prata, que disputou o circuito profissional de beach tennis por quatro anos, ficou muito contente com a iniciativa da CBT. “Fiquei muito feliz com a oportunidade de dar o primeiro curso de beach tennis pela CBT no Brasil. Todos os envolvidos estavam muito focados. Este é o primeiro passo para se desenvolver um ensino de beach tennis de alto nível, dessa forma os professores terão mais embasamento para dar aulas”, disse o carioca que já foi campeão mundial por equipes com o Brasil em 2013 e capitão do time nacional em 2014.

Guilherme Prata foi número 7 do mundo de beach tennis

Para o coordenador do departamento de capacitação da CBT, Cesar Kist, o curso apresentou um nível muito elevado. “Esse primeiro curso foi excelente e o feddback das pessoas foi muito bom. Este é ponto de partida para o desenvolvimento do esporte no Brasil”, comentou.

O Módulo 1 de Beach Tennis reuniu 25 participantes de várias regiões do Brasil, entre elas Mato Grosso, Rio de Janeiro e Ceará. Foram abordados temas teóricos como a História do Beach Tennis e Regras básicas, porém o enfoque do curso foi a parte prática, com praticamente 80% do tempo em quadra. Guilherme Prata mostrou as técnicas dos golpes detalhadamente e demonstrou vários exercícios, situações táticas de jogo e posicionamentos, garantindo maior vivência para os participantes.

O top 5 do mundo, Marcus Ferreira, também marcou presença durante este final de semana no Módulo 1.”Este curso  é muito importante para a formação e desenvolvimento do esporte. Isso só tem a engrandecer o beach tennis. Também vale lembrar que por ser uma nova modalidade, é muito importante para os professores a prática do jogo, dessa forma complementa o aprendizado para dar aulas”, explicou o jogador santista, que ao lado de Thales Santos, foi bicampeão Pan-americano em setembro deste ano.

Marcus Ferreira, Guilherme Prata e César Kist

Outra participante que enalteceu a importância deste novo curso da CBT foi Cassia Lorenzini, coordenadora da CR Tênis Academy e da Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul. “O beach tennis está precisando de mais cursos como esse. Por ser um esporte novo, os professores precisam de mais informações para poder dar aulas desta nova modalidade. Espero que tenham mais cursos no futuro”, comentou.
 
O Módulo 1 de Beach Tennis foi realizado neste sábado (18/10) das 8h às 18h e no domingo (19/10) das 8h às 14h. Além dos temas já citados, também foram apresentados os materiais do Beach Tennis, Técnicas iniciais, Empunhadura, Beach Tennis para crianças, Oportunidade de Negócio e Eventos de Beach Tennis.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Conheça mais sobre o beach tennis


Marcus Ferreira e Thales Santos/ Foto: Mariana Nardelli

 

Confira as principais regras, golpes e jogadas do beach tennis


O beach tennis é um novo esporte que vem conquistando o Brasil e o mundo. Ainda mais agora que está esquentando por aqui, ele vai ser ainda mais praticado, já que combina perfeitamente com praia e verão. Esta nova modalidade esportiva surgiu na Itália, na década de 80. A ITF (International Tennis Federation) é o órgão internacional que rege o esporte e seus torneios valem pontos para o ranking mundial.


Flavia Muniz (5a do mundo)/ Foto: Angélica Goudinho

A quadra

O tamanho da quadra é de 16x8m, com uma rede de 1,70m de altura. O jogo é disputado com a mesma contagem do tênis, ou seja, 15-30-40 e game, com a diferença de que quando está 40 iguais é jogado um no-ad, isso significa, sem vantagem. Os jogadores têm somente um saque e a bola não pode pingar no chão, o que faz com que o jogo seja muito dinâmico. Outra coisa que deixa o jogo mais divertido é o fato da bola não ser exatamente a mesma do tênis com apenas 50% da velocidade, é usada uma bola soft, do estágio 2 do play and stay do tênis, de cor alaranjada.

Vini Font (3o do mundo) jogando torneio em Niterói 2014

Categorias

Normalmente as categorias amadoras são A, B, C, seniors e juvenil (simples, dupla feminina e masculina e dupla mista). Na profissional também, simples, dupla e dupla mista. Mas, o que conta pontos para a ITF é somente a dupla feminina e masculina.

Brasileiros no ranking mundial

O beach tennis chegou no Brasil em 2008 e o país já é a segunda maior potência do esporte, ficando somente atrás da Itália, com seis jogadores no top 10, três no feminino e mais três no masculino. São eles: Joana Cortez (4ª da ITF), Flavia Muniz (5ª) e Samantha Barijan (7ª). No masculino: Vinícius Font (3º da ITF), Marcus Ferreira e Thales Santos, ambos na 6ª posição. O Brasil ainda possui um feito histórico. Joana Cortez, Samantha Barijan e Vini Font foram os primeiros a ocuparem o topo do ranking mundial sem ter nacionalidade italiana.  


Joana Cortez e Samantha Barijan/ Foto: Giapiero Spósito

Principais golpes e jogadas:

O beach tennis possui a característica de ter golpes de simples execução, mas o jogador precisa antecipar bem as jogadas e ter uma rápida tomada de decisão. Para todos os golpes é utilizada a empunhadura continental, igual ao do tênis.

Voleio
Com armação curta, de direita e esquerda.

Joana Cortez (4a do mundo)/ Foto: Carlos Borges


Smash
Um dos golpes preferidos dos jogadores, similar ao do tênis para bolas altas. Só é preciso tomar cuidado com a rede que é mais alta.
 

Dupla número 6 do mundo, Marcus e Thales/ Foto: Mariana Nardelli

Lob e curta
Muito usados no jogo, para fazer o adversário se movimentar já que o beach tennis é jogado na areia.

Marcus e Thales jogando em Aruba 2013

Gancho
Esse golpe é para ser usado quando a bola já passou e não dá mais para smashar, mas tem quem use em bolas que não vêm tão altas. 

Samantha Barijan (7a da ITF)


Saque 
Bem similar com o do tênis, mas é bom lembrar que no jogo só tem um saque por ponto e se a bola tocar na fita e passar está valendo e o ponto deve seguir normalmente.

Vini Font, número 3 do mundo

E aí, o que você está esperando? Venha para o beach tennis!