quinta-feira, 27 de novembro de 2014

O maestro do beach tennis, Gian Luca Padovan



Gian Luca Padovan/ Crédito: Nelson Toledo/ Fotojump

 

Saiba mais sobre este italiano, que desde 2008 vem trazendo seus conhecimentos deste novo esporte para o Brasil, diretamente de onde tudo começou.


Esporte que vem crescendo a cada dia no mundo, o beach tennis surgiu na Itália na década de 80. Já no Brasil, começou a ser praticado em 2008 nas areias cariocas, após uma inciativa de Adão Chagas e Leopoldo Correa. Isso a maioria das pessoas já sabe. O que talvez elas não saibam é que um italiano participou dos primeiros ensinamentos do novo esporte aqui no Brasil. Seu nome é Gian Luca Padovan.

Apaixonado pelo Rio de Janeiro desde sua primeira visita em 1996, Gian Luca se mudou para lá em 2006. Ele que veio do squash, já jogava beach tennis desde o final da década de 90 na Itália e viu que o Rio de Janeiro, com suas belas praias, tinha grande potencial para a prática do esporte.

Gian Luca Padovan

“Em 2006 comecei a divulgar o beach tennis nas redes sociais e a procurar meios de inserir a nova modalidade no Brasil. Mas apenas em 2008, depois que Adão Chagas e Leopoldo Correa trouxeram o material, comecei a ensinar o beach tennis no Rio de Janeiro”, conta o italiano.

Gian Luca ajudou a criar em outubro de 2008, o point Ipanema 500, da empresa que patrocina alguns jogadores top do Brasil, como o número 3 do mundo, Vini Font e a número 5, Flavia Muniz. “Sou um dos fundadores da Ipanema 500, que é um point, clube e empresa. Ela também faz a parte social, proporcionando o treinamento de alguns jogadores”, explica.

O italiano também reconhece o grande potencial do Brasil no esporte. Na semana passada, aconteceu o tradicional torneio de Aruba, com a Copa das Nações. O Brasil foi campeão por equipes, batendo o forte time da Itália na final. “Aqui o beach tennis cresce a cada dia e o Brasil é uma grande potência. Acho que a vantagem dos brasileiros é que têm um estilo de jogo mais criativo e quando isso é somado com disciplina e treinos, tem tudo para dar certo”, explica. 

Equipe brasileira (Ferreira, Santos, Carneiro, Cortez, Muniz e Barijan)

“Mas, acredito que os italianos ainda tenham mais estratégia e um jogo mais sólido. Precisamos lembrar que no beach tennis, a dupla precisa pensar junta. Que o ponto deve ser construído, sem pensar apenas em jogadas isoladas. Às vezes é necessário ser mais conservador em uma determinada jogada para depois sobrar uma bola para definição.”

E com tanto sucesso no beach tennis, o torneio de tênis de Masters mais tradicional da América Latina, o Itaú Masters Tour, deu espaço para este novo esporte. Então, Gian Luca, ministrou uma Clínica de Beach Tennis no Club Med Rio das Pedras, em Angra dos Reis, na última sexta-feira, dia 21 de novembro.

Clínica de Beach Tennis durante o Itaú Masters Tour 2014/ Crédito: Nelson Toledo/ Fotojump

Convidados e participantes do evento puderam praticar o esporte nas areias da praia particular do Resort, sob o comando de Padovan. "O fato de um evento tão importante como este dar atenção ao beach tennis comprova que a modalidade está crescendo. O Club Med é um lugar maravilhoso para as pessoas jogarem e se divertirem e estou muito feliz em fazer parte disso", finaliza Padovan.

domingo, 16 de novembro de 2014

A guerreira do beach tennis, Flavia Muniz



Flavia Muniz/ Foto: Angelica Goudinho

 

Conheça a emocionante história de superação desta beachtenista brasileira, top 5 do mundo.


Com mais de 15 títulos internacionais de beach tennis, a carioca Flavia Muniz, de 36 anos, atualmente é a 5ª melhor jogadora do mundo da modalidade e 2ª do Brasil. Ela começou a jogar em 2008, quando o esporte chegou ao Rio de Janeiro e foi apresentado para alguns tenistas por Adão Chagas e Leopoldo Correa.

E Flavia jogava muito bem tênis. Tão bem que em 1997 conseguiu uma bolsa de estudos para fazer uma universidade nos Estados Unidos. Mas, infelizmente, um acidente fez com que ela perdesse esta grande oportunidade. Porém, esta não foi a única adversidade que Flavia precisou superar. Ela ainda teve a quadra em que dava aulas de tênis destruída, com as fortes chuvas de 2010, que abalaram o Rio de Janeiro. 

Mas, assim como é conhecida por sua garra em quadra, Flavia não se deixou abalar e deu a volta por cima. Nesta época, começou a dar aulas de beach tennis e a jogar cada vez melhor. 

E para comprovar a boa fase, em 2013, foi a quarta melhor beachtenista do mundo, a melhor marca de sua carreira. Neste mesmo ano também venceu o tradicional torneio de Aruba pela segunda vez (a primeira foi em 2010, com Paula Cortez). E Flavia não parou mais. Atualmente, dedica todo o seu tempo a esta nova modalidade, com os treinos no Point do Ipanema 500 e ministrando aulas no Posto 12, no Leblon.



Confira em detalhes na entrevista abaixo sua fantástica história de superação e sua vitoriosa trajetória no beach tennis. Além disso, Flavia ainda fala sobre o torneio de Aruba, que acontece entre os dias 21 a 23 de novembro, na paradisíaca ilha caribenha, em que joga ao lado da compatriota, Joana Cortez, top 4 do mundo.


Como está sua preparação para Aruba?
Estou treinando bastante, mas continuo dando aulas. Mesmo ficando um pouco cansada, estou muito focada este ano para ganhar e quero ir muito bem neste torneio. Lá vou jogar as categorias de Simples, Duplas Mistas com Vinícius Chaparro, Copa das Nações e Duplas, ao lado de Joana Cortez. Essa é a primeira vez que jogamos um torneio da ITF juntas, ganhamos o Pan-Americano este ano, então acredito que faremos uma boa parceria.

Joana Cortez e Flavia Muniz durante o Pan-Americano deste ano


Como funciona sua rotina de treinamentos?
Eu treino três vezes por semana de manhã na quadra, faço pilates uma vez por semana e quatro vezes, corrida. Meu treinador é o Hugo Prazeres, tenho patrocínio da Ipanema 500, Rakkettone e apoio da Mettaphysio.

Você tem alguma parceria fixa?
Por enquanto não tenho parceira fixa. Tenho jogado alguns torneios com a Julia Florito (42ª da ITF), que é a jogadora que estou formando no Brasil, inclusive até ganhamos o torneio ITF G2 de Guarulhos, em outubro deste ano. Mas, costumo variar as parceiras, ainda não tenho nada acertado em relação a uma parceria mais fixa.

O que você acha das premiações dos torneios profissionais da ITF de beach tennis?
Acho que precisam aumentar, normalmente um campeão de um ITF G1 ganha US$ 750 num torneio que distribui US$ 10 mil em prêmios. Mas, em Aruba, já está aumentando. O ano passado o torneio foi de US$ 20 mil, mas este ano será de US$ 30 mil, então o campeão levará pra casa cerca de US$ 2250.

Você foi jogadora de tênis. E você teve uma história de superação nessa fase. Conta pra gente como foi.
Desde quando eu tinha 6 anos de idade, o tênis sempre foi a minha vida. Eu joguei até 1997, quando fui para os EUA treinar e acabei conseguindo uma bolsa integral para fazer faculdade no Havaí. Porém, sofri um acidente, quando uma linha de pipa com cerol cortou meu punho. Infelizmente, depois disso eu perdi parte da sensibilidade da mão direita, o que atrapalhou muito no tênis. Portanto, eu não pude ir no ano seguinte para a universidade.  Comecei, então, a dar aulas de tênis e foi muito bom ter feito isso por um período.  Eu tinha vários alunos e estava indo muito bem. Só que tive mais um problema. A quadra em que eu dava aula foi destruída em 2010 por causa de fortes chuvas que abalaram o estado naquele ano, então foi uma fase difícil. Mas, o beach tennis foi entrando cada vez mais na minha vida e tudo melhorou. Com o novo esporte conquistei títulos importantes, novos alunos, várias viagens e consegui ter uma vida mais saudável e feliz.

No Sul-Americano deste ano, Flavia foi medalha de ouro nas D. Mistas com V. Font e na D. Feminina com L. Melo

E o fato de você ter jogado tênis te ajudou bastante no beach tennis?
Acho que para jogar beach tennis, o tênis ajuda bastante na parte de concentração e estratégia de jogo, quem não veio do tênis tem mais dificuldade nesses aspectos, normalmente. E, é claro, que também quem jogou tênis tem mais facilidade para executar os golpes.

O que você mais gosta no beach tennis?
O beach tennis está me proporcionando maior qualidade de vida, consigo conciliar as aulas, viagens para os torneios, conheço vários países, outras culturas. No tênis é mais difícil, você precisa se dedicar muito mais e não sobra tempo para fazer outras coisas. Também gosto muito do clima descontraído dos torneios de beach tennis, o fato de jogar com música e a amizade que acabo fazendo no circuito são coisas que realmente tornam a vida mais alegre e prazerosa.

Mas, falando sobre os torneios de beach tennis, qual foi sua vitória mais emocionante?
Acho que foi quando ganhei Aruba no ano passado. Joguei com a Giulia Curzi (14ª do mundo), ninguém esperava que eu fosse ganhar, foi muito difícil. Também me marcou muito quando venci o título nas Ilhas Reunião e na Califórnia em 2012, em que mais uma vez, surpreendi a todos.

Agora, fale um pouco sobre seu estilo de jogo.
Até Aruba do ano passado, eu era mais agressiva, mas a partir daí meu jogo mudou, tive que aprender a me defender melhor também... Então agora acho que sou uma jogadora mais completa, sou sólida e a defesa é meu ponto forte.

Qual o seu maior objetivo no beach tennis?
Quero muito ganhar em Aruba mais uma vez (já venceu em 2010 e 2013) e ser número 1 do mundo, acho que se eu continuar jogando bem e com o apoio que tenho, nada é impossível. Também, é claro, quero que o beach tennis se torne um esporte olímpico. Talvez quando isso acontecer, eu não esteja mais competindo, mas vou ficar com orgulho de ter feito parte desta história.


Flavia, muito obrigada! Boa sorte em Aruba!
Eu que agradeço!! 


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Que tal ter a própria quadra de beach tennis ou de tênis?


Luciene Muro e Janaina Armani (dupla top 60 do mundo)/ Foto: Maraca Open


Se você está pensando sobre o assunto, leia a matéria abaixo e tire todas as suas dúvidas!


O verão está chegando e nessa época do ano dá ainda mais vontade de praticar atividades físicas. Imagine então se você tivesse sua própria quadra de tênis ou de beach tennis? Não seria muito bom? Ou ainda você pode sugerir essa ideia no prédio onde mora ou no clube em que faz parte.

Pensando nisso, conversei com o especialista em construção de quadras, o engenheiro civil, Roberto Wertheimer. Muito experiente no ramo, está há mais de 35 anos fazendo quadras e tem 808 trabalhos na área esportiva.

Ele sempre foi muito ligado à área de esportes e gosta muito do que faz. “Apesar de ser um mercado que não lida com o essencial para a vida das pessoas, todos precisam praticar atividades físicas, então de uns anos para cá, a construção de quadras está em alta na arquitetura brasileira”, explica o engenheiro.

Mas, é sempre bom tomar cuidado com a escolha da empresa que vai fazer a quadra. “A construção esportiva parece fácil, mas não é. Pode ter todas as dificuldades que a construção convencional tem. Pode dar algo errado na execução ou a quadra pode estar apoiada num local que não está preparado para recebê-la,”  afirma.

Quadra construída pela Rower

Como escolher a empresa que fará sua quadra:

A empresa precisa ter um engenheiro civil responsável pela obra;
A pessoa precisa saber quem são os clientes;
Pedir referência dos fornecedores;
Pesquisar no mínimo três orçamentos;
Também é preciso tomar cuidado para não ir somente atrás do menor preço.


Confira as dicas de Roberto Wertheimer, especialista da empresa Rower (www.rower.com.br) e faça você também a sua quadra.


Quadra de Beach Tennis

Espaço

Você vai precisar de um espaço de 10m x 20m para uma quadra que tem uma área de jogo de 8m x 16m. O recuo para a quadra de beach tennis é de 2m para o fundo e 1m para cada lado. É preciso fazer uma drenagem no terreno, fazer uma base para receber a areia, normalmente de pedra, e depois, compactar a areia por cima em 20 cm.


Quadra no Clube Esperia/ Foto: Angélica Goudinho


A areia

A areia deve ser fina e limpa. Podem ser usadas as areias de construção civil, de praia ou areias especiais. Uma opção para quem não quer gastar muito é pegar a areia de construção civil e peneirar. Caso a pessoa escolha fazer com a areia de praia, que pode ser mais cara e ainda terá que considerar o valor do frete.

Valor $

Pode variar de 25 mil até 60 mil reais, dependendo dos assessórios que ela vai precisar, se terá o alambrado em volta, iluminação, etc.


Quanto tempo demora

Uma quadra de beach tennis com estrutura completa fica pronta em cerca de 35 dias úteis.


Quadra de Tênis

Você vai precisar de uma área de 18m x 36m, sendo que a área de jogo é de 11m x 23,80m, a quadra vai poder ser construída de saibro ou rápida (de asfalto).

Saibro

O processo é mais ou menos parecido com o da areia. Coloca-se caco de tijolo por baixo e depois vem o saibro compactado, de 7 a 8 cm. Mas, diferentemente da quadra de areia, a quadra de saibro não pode ser perfeitamente plana. Precisa ter um caminho para a água escoar, então a quadra vai precisar de um desnível.


Quadra de saibro feita pela Rower no Rio de Janeiro


Quadra rápida

É construída sobre uma base perfeitamente compactada, em camadas sucessivas de pedra graduada interligadas com emulsão asfáltica. A superfície recebe camadas de lama asfáltica e a seguir, um revestimento com resina acrílica especial, impermeabilizante, que proporciona alta resistência. Depois, é feito um acabamento com tinta acrílica de alto desempenho e a demarcação da quadra.

Para a quadra de piso sintético com cush, é aplicada uma camada amortecedora, feita com grânulos de borracha emulsionada em resinas acrílicas, proporcionando maior flexibilidade à superfície favorecendo a absorção de impactos.

Quadra feita pela Rower

Valor $
Uma quadra de tênis com estrutura completa custa em torno de 75 mil a 85 mil reais.

Em quanto tempo fica pronta
Uma quadra de tênis demora até 45 dias úteis para ficar pronta.


Contato: Roberto Wertheimer
Telefone: (11) 3814-0050
Celular: (11) 99947-8769
E-mail: rower@rower.com.br