terça-feira, 21 de abril de 2015

Luca Cramarossa: quando a dedicação supera o talento




Luca Cramarossa/ Crédito: Ivan Lee Barcellos


Conheça mais sobre o italiano, que é um dos melhores jogadores de Beach Tennis do mundo!

Apesar da pouca idade, o italiano Luca Cramarossa, de 22 anos, já está entre os 5 melhores jogadores do mundo de beach tennis e conquistou mais de 20 títulos em torneios internacionais. Simpático e bem humorado, ele aproveitou que disputaria o torneio ITF G1 de Torres de 2 a 5 de abril, no Rio Grande do Sul, para fazer uma série de clínicas em vários points de beach tennis no Brasil, no “Crama Tour”, que passou pelo Rio de Janeiro, Porto Alegre, ITF G1 Torres e São Paulo.



No torneio de Torres, que foi muito elogiado pela estrutura e ótima organização, Cramarossa foi campeão ao lado do compatriota número um do mundo, Alessandro Calbucci, conseguindo fazer uma ótima transição das quadras indoors na Europa para o clima de praia brasileiro. Na final, eles bateram a dupla top 6 do mundo, formada pelos brasileiros Marcus Ferreira e Thales Santos, por 3/6, 6/3, 6/3, perdendo apenas um set em todo o torneio.

Cramarossa e Calbucci em Torres

Esta é a terceira vez que Cramarossa está no Brasil. Ele também esteve na Costa do Sauípe em 2012, em que foi campeão de um torneio ITF, jogou em Santos no ano passado e confessa que adora o país. Para Cramarossa, como para muitas pessoas que adoram belas paisagens e esportes: “Seria um sonho viver no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro”.  

Cramarossa ao lado de Joana Cortez e Samantha Barijan, durante clínica no Rio de Janeiro/ Crédito: Ivan Lee Barcellos

Cramarossa e Barijan durante exibição no Rio de Janeiro/ Crédito: Ivan Lee Barcellos

Mas, o lugar que ele vive também tem lindas praias. Natural de Taranto, Cramarossa, que vive no norte da Itália em Rimini, na região de Emilia-Romagna. Lá ele possui uma escola de beach tennis, que se chama "Argentina Beach Tennis", o nome foi dado porque seu treinador, Nicola Gambi, gosta muito do país e da garra que os “hermanos” apresentam em quadra. 


Lu Carelli e Monica Buchele do Point Leblon 1000, com Cramarossa

Clínica na Inauguração do Point da ONG Bola na Fita, no Rio de Janeiro

Saiba mais sobre a vida e curiosidades de um dos melhores jogadores italianos do circuito, atleta patrocinado pela MBT, nesta entrevista que foi concedida após uma de suas clínicas no Clube Espéria, em São Paulo.

Clínica no Clube Espéria, em São Paulo

Como você começou a jogar Beach Tennis?
Comecei quando tinha 15 anos numa competição com vários esportes e um deles era o beach tennis. Joguei contra um professor de Educação física, perdi de 6/0, mas no final ele viu que eu tinha potencial e me convidou para começar a treinar. Então, eu que já jogava tênis, fui aos poucos treinando cada vez mais beach tennis. Com 19 anos me mudei para a região de Emilia-Romagna para me dedicar exclusivamente ao esporte. Comecei a jogar beach tennis profissional em 2011.

Cramarossa dando entrevista para a emissora italiana RAI, no Rio de Janeiro

Como funciona sua rotina de treinos?
Eu treino três vezes por semana a parte física, com exercícios na areia e na academia, e mais duas vezes por semana faço os treinos de beach tennis. Não consigo treinar muito porque preciso dar 8 horas de aula por dia. Não tem como se manter somente com a premiação em dinheiro que ganhamos nos torneios. Só para se ter uma ideia, nos torneios ITF G1, o campeão leva US$ 750 dólares, então fica difícil viver apenas com o que recebo nos torneios e preciso também me dedicar aos meus alunos.


Cramarossa, em Torres


Você tem parceiro fixo?
No ano passado fiz uma ótima temporada ao lado de Luca Melicone (número 11 do mundo), chegando até a final do mundial na Cervia (ITA), em que fui vice-campeão. Inclusive, foi um jogo emocionante, minha melhor memória no beach tennis, muitas pessoas estavam assistindo. Mas, este ano vou fazer parceira com Marco Antonelli (número 63 da ITF) e espero que eu tenha mais uma boa temporada. 

Cliníca de Cramarossa em Porto Alegre, Juarez Santini

Qual o seu maior objetivo com o beach tennis?
O que mais quero é que o esporte se torne olímpico e que eu possa disputar uma olimpíada. Lógico que também gostaria de ser número um do mundo, mas infelizmente por conta do meu trabalho não posso viajar muito. Então tenho que ir muito bem nos torneios que disputo, normalmente jogo mais na Itália , onde os torneios são muito fortes.

Clínica em Santos

Você acha que o fato de ter sido jogador de tênis te ajudou a jogar beach tennis?
Como eu gostava de sacar e jogar na rede, foi bom por causa da parte técnica, meu ídolo sempre foi o Boris Becker (risos)... Isso ajudou para o beach tennis, já que o jogo é baseado em voleios e smashs. Inclusive, o smash caindo para trás é a minha jogada preferida.



Qual a principal diferença entre o estilo de jogo dos italianos e dos brasileiros?
Na Itália temos uma escola de beach tennis, então priorizamos a parte técnica, sempre jogamos contra bons jogadores, inclusive muitos brasileiros vão para Itália para treinar, porque lá começou o esporte e é natural que esteja mais desenvolvido. Acho também que o estilo italiano é mais clássico, mas os brasileiros também jogam muito bem e se dedicam bastante, então o esporte tem tudo para continuar crescendo no Brasil.

Cramarossa treinando com Bruno Falcão, Vini Font e Ralf Abreu no Rio



sábado, 4 de abril de 2015

Nathy Costa, do Vôlei para o Bech Tennis




 Saiba mais sobre esta carismática jogadora carioca



Sempre alegre, a simpática jogadora profissional de beach tennis, Nathy Costa, marca presença nos principais torneios do país. Moradora da comunidade do Vidigal, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a carioca de 24 anos também é estudante de educação física. E ela, que já praticou vários esportes como natação, lutas, capoeira e, principalmente, o vôlei, se identificou muito com o beach tennis, modalidade que combina com a cidade em que vive, com belas praias e belezas naturais.

Nathy Costa

Foi em junho de 2013, através de um amigo, que Nathalia Costa começou a jogar beach tennis. Logo, acabou trocando o esporte que praticava, o vôlei, pela nova modalidade. “Fui da seleção carioca de vôlei. Joguei em clubes como Flamengo e Botafogo. Dava aula de vôlei de praia. Mas, me apaixonei pelo beach tennis, fiquei viciada. E falando sobre transferência entre os esportes, acho que o vôlei ajuda mais que o tênis para correr na areia, na movimentação e na antecipação dos golpes”, contou a carioca que ao lado da número 6 do mundo, Flavia Muniz, e do top 3, Vini Font, também faz parte da equipe do Ipanema 500, no Rio de Janeiro.

Nathy Costa/ Foto: João Lucio Neto

Nathy Costa gostou tanto do beach tennis, que depois de três semanas que começou a jogar, já disputou um torneio. Logo viu que tinha facilidade para o esporte, começou a ter bons resultados na categoria profissional e decidiu se dedicar totalmente. “Decidi largar tudo que fazia e me dedicar apenas ao beach tennis, para isso conto com a ajuda do meu pai. Além disso, a Ipanema 500 me ajuda com os custos da faculdade. E desde o 2º semestre de 2014, estou dando aula em conjunto com a Flavia Muniz”, explicou.

Nathy Costa/ Foto: João Lucio Neto

Atualmente, Nathy Costa ocupa a 160ª posição no ranking mundial da ITF de beach tennis e ela treina muito para subir ainda mais, das 8h às 18h, quatro vezes por semana. A carioca já conquistou vários títulos importantes, entre eles: IFGT G3 Etapa Circuito Estadual – vice-campeã, em Abril de 2014; IFBT G3 – Belo Horizonte – Vice-campeã feminina e vice-campeã mista, em junho 2014 e no ITF G2 Niterói – Vice-campeã na mista, em setembro de 2014. Seu título mais recente foi o de campeã do ITF G4 de Buenos Aires 2015, na categoria dupla feminina ao lado da chilena Maria Paz Orellana, em março, na Argentina.

Nathy Costa e Maria Orellana

Sua melhor recordação do esporte foi no torneio de Aruba em 2013, quando foi campeã da categoria amadora feminina e numa final de dupla mista de ITF G2 de Niterói contra Flavia Muniz, que admira muito e também é sua treinadora. “A decisão de Aruba de 2013 que virei e acabei vencendo é uma grande recordação que tenho, mas a final do G2 da mista, que joguei ao lado de Pablo Vidal e enfrentei a Flavia Muniz e o Vinícius Chaparro, foi emocionante... Chorei antes de começar o jogo e joguei com muito amor”, lembrou.


Chaparro, Muniz, Costa e Vidal

Apesar de muitas coisas boas que o esporte traz, Nathy Costa lembra que é difícil se manter apenas com o que ganha nos torneios. “Busco incentivo, me dedico 100% para o beach tennis. Tenho apoio e patrocínio de Rakkettone, Bumbum Ipanema, Ipanema 500 e da Flavia Muniz para os treinos. Além disso, meu pai me ajuda como pode e trabalhando diariamente”, comentou.

Ao lado da amiga Flavia Muniz

Como muitos jogadores profissionais, Nathy Costa sonha com as primeiras colocações no ranking mundial. “O beach tennis mudou tudo na minha vida. Viajo, conheço pessoas diferentes, tenho novas oportunidades... Meu maior sonho é subir no ranking até o top 10. Também sonho em disputar um Pan-Americano e as Olimpíadas”, concluiu.