sábado, 28 de fevereiro de 2015

Por dentro do Brasil Open e do Rio Open



Rio Open 2015

Saiba como é trabalhar nos maiores torneios de tênis do Brasil


Durante os dias 5 a 22 de fevereiro tive a oportunidade de trabalhar nos maiores e mais importantes torneios de tênis do país: no ATP 250 Brasil Open e no ATP 500 e WTA International Rio Open. Foi uma ótima experiência, pude conhecer um pouco mais destes eventos que juntos distribuíram mais de dois milhões de dólares em prêmios.

Brasil Open 2015

No Brasil Open trabalhei no Player’s Service, que é o local que presta serviço para os jogadores, no caso, marcação de quadra de treino, lavanderia e distribuição de bolas e toalhas. Durante este torneio, tive como parceiro de trabalho o simpático Dennis Forster, que me ajudou bastante.

Veja o vídeo que o duplista brasileiro Bruno Soares fez com a equipe da Sportv sobre os bastidores do Brasil Open:



Na verdade parece muito simples, mas não é. No Ibirapuera, duas quadras foram usadas para a realização dos jogos, a central (dentro do ginásio) e a quadra 1 (dentro do complexo, mas num local menor), todas indoor. Porém essas quadras eram um pouco diferentes das outras que foram disponibilizadas para treino no Clube Círculo Militar e todos queriam treinar nas quadras em que seriam realizados os jogos, nos horários livres e se possível, sem dividir com outros jogadores.

Luca Vanni foi vice-campeão do Brasil Open/ Foto: Marcelo Zambrana

Era complicado porque há muitos tenistas famosos num ATP, nomes como Fabio Fognini, Tommy Robredo, Nicolas Almagro, Fernando Verdasco, Thomaz Bellucci, Bruno Soares, Marcelo Melo, todos importantes jogadores precisando treinar e poucas quadras disponíveis... Mas, no final deu tudo certo...

Pablo Cuevas foi campeão do Brasil Open/ Foto: Marcelo Zambrana

Também havia o controle de bola e toalha. Os jogadores tinham direito de utilizar dois tubos novos por dia e podiam pegar bolas usadas se precisassem fazer algum treino específico. Sobre a lavanderia, cada tenista era responsável em pagar a sua ou seria descontado do prize Money. As roupas tinham que ficar prontas no dia seguinte e logicamente tudo deveria ser entregue separado e bem lavado. Por sorte a lavanderia que atende o torneio é muito competente e se esforçou para fazer o melhor trabalho possível. 

Assim que o torneio terminou em São Paulo, no domingo a noite, dia 15 de fevereiro, eu peguei um avião para o Rio de Janeiro, em pleno carnaval. Chegando ao Aeroporto Santos Dumont foi muito difícil pegar um taxi, já que era tarde e as chuvas tinham deixado o aeroporto fechado por quase duas horas. Mas, no final consegui chegar a Ipanema, onde fiquei hospedada.


Rafael Nadal e David Ferrer desfilando/ Foto: site oficial

Na segunda-feira de manhã já estavam acontecendo os jogos da chave principal do Rio Open. Neste evento trabalhei com a empresa italiana Crionet, que é responsável por grande parte das ações de tecnologia do torneio, como live scores, marcador da velocidade do saque e o sorteio da moeda digital.

Equipe Crionet do Rio Open

Eu já trabalho com esta empresa escrevendo para o site deles (www.youtennis.net), então fiquei mais na minha área de jornalismo, atualizando as redes sociais facebook, instagram, twitter, postando fotos, comentários e fazendo vídeos curtos de alguns pontos (o que foi muito legal, porque eu conseguia assistir a uma grande parte dos jogos) e ajudei a fazer o sorteio da moeda digital, o coin toss.



Neste torneio, a presença do Rafael Nadal foi um grande diferencial que atraiu muitas pessoas para as quadras de tênis, apesar do calor carioca. Além dele, David Ferrer, que acabou levando o título, e Fabio Fognini fizeram a alegria dos torcedores, protagonizando grandes partidas.

Rafael Nadal/ Foto: AGIF

Sem contar a participação do brasileiro João Souza, o Feijão, que foi uma ótima surpresa nos dois ATPs. Ele chegou à semifinal do Brasil Open e às quartas de final do Rio Open para na semana seguinte conquistar o melhor ranking da carreira na 77ª posição.

João Souza/ Foto: Marcelo Zambrana
No feminino, a italiana top 15 do mundo Sara Errani levou o título, mas teve que salvar alguns match points contra a brasileira Beatriz Haddad Maia, que pela primeira vez na carreira alcançou às quartas de final de um WTA.

Beatriz Haddad Maia/ Foto: AGIF

Estes eventos foram uma ótima oportunidade para vários tenistas brasileiros se destacarem e marcarem pontos importantes no ranking mundial. Vamos aguardar agora as próximas edições!