Luca Cramarossa/ Crédito: Ivan Lee Barcellos |
Conheça mais sobre o italiano, que é um dos melhores jogadores de Beach Tennis do mundo!
Apesar da pouca idade, o italiano Luca Cramarossa, de 22
anos, já está entre os 5 melhores jogadores do mundo de beach tennis e
conquistou mais de 20 títulos em torneios internacionais. Simpático e bem
humorado, ele aproveitou que disputaria o torneio ITF G1 de Torres de 2 a 5 de abril, no Rio
Grande do Sul, para fazer uma série de clínicas em vários points de beach tennis
no Brasil, no “Crama Tour”, que passou pelo Rio de Janeiro, Porto Alegre, ITF
G1 Torres e São Paulo.
No torneio de Torres, que foi muito elogiado pela estrutura
e ótima organização, Cramarossa foi campeão ao lado do compatriota número um do
mundo, Alessandro Calbucci, conseguindo fazer uma ótima transição das quadras
indoors na Europa para o clima de praia brasileiro. Na final, eles bateram a
dupla top 6 do mundo, formada pelos brasileiros Marcus Ferreira e Thales
Santos, por 3/6, 6/3, 6/3, perdendo apenas um set em todo o torneio.
Cramarossa e Calbucci em Torres |
Esta é a terceira vez que Cramarossa está no Brasil. Ele
também esteve na Costa do Sauípe em 2012, em que foi campeão de um torneio ITF,
jogou em Santos no ano passado e confessa que adora o país. Para Cramarossa,
como para muitas pessoas que adoram belas paisagens e esportes: “Seria um sonho viver no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro”.
Cramarossa ao lado de Joana Cortez e Samantha Barijan, durante clínica no Rio de Janeiro/ Crédito: Ivan Lee Barcellos |
Cramarossa e Barijan durante exibição no Rio de Janeiro/ Crédito: Ivan Lee Barcellos |
Mas, o lugar que ele vive também tem lindas praias. Natural de Taranto, Cramarossa, que vive no norte da Itália
em Rimini, na região de Emilia-Romagna. Lá ele possui uma escola de beach tennis, que se chama
"Argentina Beach Tennis", o nome foi dado porque seu treinador, Nicola Gambi,
gosta muito do país e da garra que os “hermanos” apresentam em quadra.
Lu Carelli e Monica Buchele do Point Leblon 1000, com Cramarossa |
Clínica na Inauguração do Point da ONG Bola na Fita, no Rio de Janeiro |
Saiba mais sobre a vida e curiosidades de um dos melhores
jogadores italianos do circuito, atleta patrocinado pela MBT, nesta entrevista
que foi concedida após uma de suas clínicas no Clube Espéria, em São Paulo.
Clínica no Clube Espéria, em São Paulo |
Como você começou a
jogar Beach Tennis?
Comecei quando tinha
15 anos numa competição com vários esportes e um deles era o beach tennis.
Joguei contra um professor de Educação física, perdi de 6/0, mas no final ele viu
que eu tinha potencial e me convidou para começar a treinar. Então, eu que já
jogava tênis, fui aos poucos treinando cada vez mais beach tennis. Com 19 anos
me mudei para a região de Emilia-Romagna para me dedicar exclusivamente ao
esporte. Comecei a jogar beach tennis profissional em 2011.
Cramarossa dando entrevista para a emissora italiana RAI, no Rio de Janeiro |
Como funciona sua
rotina de treinos?
Eu treino três vezes
por semana a parte física, com exercícios na areia e na academia, e mais duas
vezes por semana faço os treinos de beach tennis. Não consigo treinar muito
porque preciso dar 8 horas de aula por dia. Não tem como se manter somente com
a premiação em dinheiro que ganhamos nos torneios. Só para se ter uma ideia, nos
torneios ITF G1, o campeão leva US$ 750 dólares, então fica difícil viver
apenas com o que recebo nos torneios e preciso também me dedicar aos meus alunos.
Cramarossa, em Torres |
Você tem parceiro
fixo?
No ano passado fiz uma
ótima temporada ao lado de Luca Melicone (número 11 do mundo), chegando até a
final do mundial na Cervia (ITA), em que fui vice-campeão. Inclusive, foi um
jogo emocionante, minha melhor memória no beach tennis, muitas pessoas estavam
assistindo. Mas, este ano vou fazer parceira com Marco Antonelli (número 63 da
ITF) e espero que eu tenha mais uma boa temporada.
Cliníca de Cramarossa em Porto Alegre, Juarez Santini |
Qual o seu maior
objetivo com o beach tennis?
O que mais quero é que
o esporte se torne olímpico e que eu possa disputar uma olimpíada. Lógico que
também gostaria de ser número um do mundo, mas infelizmente por conta do meu
trabalho não posso viajar muito. Então tenho que ir muito bem nos torneios que
disputo, normalmente jogo mais na Itália , onde os torneios são muito fortes.
Clínica em Santos |
Você acha que o fato
de ter sido jogador de tênis te ajudou a jogar beach tennis?
Como eu gostava de
sacar e jogar na rede, foi bom por causa da parte técnica, meu ídolo sempre foi o
Boris Becker (risos)... Isso ajudou para o beach tennis, já que o jogo é
baseado em voleios e smashs. Inclusive, o smash caindo para trás é a minha jogada
preferida.
Qual a principal
diferença entre o estilo de jogo dos italianos e dos brasileiros?
Na Itália temos uma
escola de beach tennis, então priorizamos a parte técnica, sempre jogamos
contra bons jogadores, inclusive muitos brasileiros vão para Itália para treinar,
porque lá começou o esporte e é natural que esteja mais desenvolvido. Acho
também que o estilo italiano é mais clássico, mas os brasileiros também jogam
muito bem e se dedicam bastante, então o esporte tem tudo para continuar
crescendo no Brasil.
Cramarossa treinando com Bruno Falcão, Vini Font e Ralf Abreu no Rio |
Um comentário:
Ficou show a entrevista! Parabéns!
Postar um comentário